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Terceiro debate dos Colóquios aborda relações sobre cultura maker, BNCC e educomunicação


Siliana Dalla Costa (Itajaí, SC) | Equipe Cobertura Colaborativa*


Fechando a primeira semana de atividades do VII Colóquio Ibero-Americano e do IX Colóquio Catarinense de Educomunicação tivemos, na tarde de sexta-feira, dia 12, o terceiro debate do evento. Mediada pelo professor Claudemir Viana (USP) a mesa contou com a participação dos professores Ismar Soares (USP), Vanice dos Santos (UFPB) e Raquel Valduga Schöninger (PMF), além dos intérpretes de Libras, Stephanie Vasconcelos e Guilhardi Kelm.


Convidados do terceiro debate dos Colóquios

A atividade foi transmitida ao vivo pelo canal do Educom Floripa no Youtube, onde os professores levantaram discussões sobre "BNCC, cultura Maker e educomunicação: perspectivas curriculares e formação de professores”. Para quem perdeu o debate, a gravação está disponível no perfil do Educom Floripa na plataforma.


Parafraseando a canção Silêncio, de Arnaldo Antunes, escrita em parceria com Carlinhos Brown, a professora Drª Raquel Valduga Schöninger deu o tom daquilo que o público veria no decorrer da tarde. Para ela, o silêncio provocado pela Covid19 assustou, mas não impediu que a educação pudesse se ressignificar. “Refletimos muito, pois a educação básica não pode funcionar em sua integralidade na modalidade EAD, o vínculo é o mais importante”, pontuou.


A professora trouxe o exemplo do Portal Educacional da Secretaria de Educação de Florianópolis, Santa Catarina, para falar sobre construção coletiva e espaços de trocas em ambientes digitais, onde cada professor, cada mediador é tratado como co-autor e pode construir conexões.


A professora Drª Raquel Valduga Schöninger inicia sua fala parafraseando a canção Silêncio, de Arnaldo Antunes

Mas, para isso, a professora alerta sobre investimento em políticas públicas permanentes. Ela conta que na Secretaria Municipal de Florianópolis há um departamento de tecnologia educacional desde 1998, onde os professores de educação tecnológica são efetivos, vinculados às disciplinas e com reconhecimento da BNCC. “Não queremos só internet na escola, não queremos só WIFI na escola, queremos alunos conectados”, diz.

Na sequência, a professora Drª Vanice dos Santos falou sobre cultura maker e o processo de fazer, sentir e pensar. Para isso, ela reportou-se ao estilo de vida dos povos da Grécia antiga e comparou o modo de fazer artesanal da época com a cultura dos cliques e da velocidade que temos hoje. “A cultura maker tem a ideia de que as pessoas têm capacidade de fazer, de construir, de consertar suas próprias coisas, mas só com o mão na massa não é o suficiente. Não podemos ser apenas instrumento”, alerta. Para a professora, o direito à uma aprendizagem e ao desenvolvimento, com princípios éticos, políticos e estéticos contidos na BNCC, passa pelo ato de pensar e “fazer é pensar”, completa.


Professora Drª Vanice dos Santos falou sobre cultura maker e o processo de fazer, sentir e pensar

Com uma pergunta muito pontual: “Existe espaço para a educomunicação?”, o professor Dr. Ismar Soares diz que a educomunicação se coloca como interface e que o jovem, o estudante, tem papel fundamental na construção dessa ligação. Entretanto, ele adverte que é preciso política pública que garanta um projeto de educomunicação cidadão. “O empoderamento inadequado das tecnologias pode levar ao fim da democracia”, comenta.


Recorte da apresentação de Soares: Existe Espaço para Educomunicação na BNCC?

Após as explanações, foi aberto para perguntas e os professores puderam complementar suas linhas de pensamento, fechando a primeira semana de Colóquios.


Perdeu este debate? Confira a programação do evento online e acesse os vídeos.

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*Uma equipe com voluntários(as) de diversos lugares do país está contribuindo com a cobertura dos Colóquios de modo colaborativo. Críticas e sugestões podem ser feitas em coberturacolaborativaeducom@gmail.com


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